"10 Anos de Lei Maria da Penha: Avanços e Desafios Nas Dinâmicas Institucionais das Políticas Públicas"
A Lei Maria da Penha (n.11.340 de 07 de agosto de 2006) está para completar 10 anos de vigência. Ela foi criada com o objetivo de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher através de uma composição institucional de medidas de integração entre os Poderes e Entes da federação para assistir às mulheres, além de endurecer as respostas àquelas agressões contra a mulher cometidas no âmbito privado. No ranking global de homicídios de mulheres, o Brasil ocupa a quinta posição entre 83 países registrados pela Organização das Nações Unidas, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. As políticas de enfrentamento à violência contra mulheres ainda se mostram bastante frágeis e com uma série de obstáculos que se interpõem na implementação da Lei Maria da Penha
Leandro Pastorino de Oliveira
Nada
justifica que homem algum maltrate, agrida ou ameace uma mulher.
Violência
contra a mulher é todo ato que possa resultar em dano ou sofrimento
físico, sexual ou psicológico. Ameaças, coação ou privação de
liberdade, violência doméstica e qualquer outro tipo de abuso,
crimes passionais, exploração sexual de mulheres e meninas,
infanticídio de meninas e ataques com ácido são algumas das
manifestações da violência contra as mulheres; violência sofrida
pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social,
religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema
social que subordina o sexo feminino.
De
acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas “(…) uma em
cada três mulheres é maltratada e coagida a manter relações
sexuais, ou submetida a outros abusos. Entre 30% e 60% das mulheres
que já tiveram um parceiro sofreram alguma vez violência física ou
sexual por parte do companheiro, e 48% das meninas e jovens com
idades entre 10 e 24 anos afirmam ter tido suas primeiras relações
sexuais sob coação”.
Um
desafio para a sociedade é denunciar e expor os agressores.
Este
é um convite a todas as mulheres para que superem seus medos, ergam
a voz, passem por cima dos preconceitos e façam valer seus direitos
como seres humanos. Rompa o silêncio: Fale sobre do problema com
pessoas de confiança e peça ajuda. As ameaças do agressor ganham
mais força quando a vítima se isola e não busca apoio externo. É
importante que familiares, amigos, vizinhos ou grupos de mulheres
sejam chamados a ajudar. O silêncio protege apenas o agressor.
Em
caso de agressão física, tente sair de perto ou fugir do agressor.
Chame a polícia, vá a um hospital ou à casa de amigos que possam
ajudá-la.
Vença
o medo e procure uma delegacia de mulheres. Por trás dos casos de
violência contra a mulher, há uma longa lista de problemas
conjuntos, como descompromisso social, preconceito, falta de
solidariedade e muitos outros...
A
violência contra mulheres e meninas é uma grave violação dos
direitos humanos. Seu impacto varia entre consequências físicas,
sexuais e mentais para mulheres e meninas, incluindo a morte como por
exemplo de uma das meninas no caso de um estrupo coletivo em Bom
Jesus no Piauí no ano de 2015 .Uma das vitimas de 17 anos morreu
após passar dez dias internada.
Fica
aqui a pergunta: como fica os familiares, amigos e a população após
um fato tão grave como este? E agora por ultimo o caso desta jovem
de 16 anos no Rio de Janeiro que após ver o vídeo na internet teve
a coragem de denunciar que também sofreu abuso sexual coletivo por
33 homens!!!
Eu
como mulher pensei bem desde o dia em que comecei a ouvir as notícias
a respeito de um fato tão grave como este e eu não poderia me
calar.
A
violência não tem consequências negativas somente para as
mulheres, mas também para suas famílias, para a comunidade e para o
país em geral. Alguns países têm leis contra a violência
doméstica, agressão sexual e outras formas de violência. No
entanto, os desafios persistem na implementação dessas leis,
limitando o acesso de mulheres e meninas à segurança e justiça. Em
geral, não há iniciativas eficazes de prevenção da violência
contra a mulher e, quando esta ocorre, muitas vezes os culpados
permanecem impunes ou são condenados a penas brandas.
A
grande dúvida da maioria das mulheres é o que vai acontecer após a
denúncia e esta dúvida pode levar a mulher a desistir de denunciar.
A mulher deverá registrar um boletim de ocorrência e informar
detalhadamente a agressão sofrida, se houve ameaças e se tiver,
indicar testemunhas.
Já
não podemos mais aceitar que “em briga de homem e mulher não se
mete a colher”. A violência contra a mulher é uma das principais
causas de mortes de mulheres e no Brasil 80% dos casos as agressões
foram cometidas por parceiros ou ex-parceiros. Mais da metade da
população conhecem mulheres que já foram agredidas por seus
parceiros ou homens que já agrediram suas parceiras.
Assim,
se você não sofre violência, pode conhecer alguém que sofre, e
pode ajudar.
Vamos
conhecer um pouco sobre a violência contra a mulher?
Vivemos
numa cultura machista onde, muitas vezes, o homem se acha superior à
mulher, acreditam que as mulheres são suas propriedades e que
portanto podem mandar nelas. Algumas mulheres, por falta de
oportunidades, também se sujeitam a este tipo de tratamento e acabam
colaborando para isso. Os homens são vistos como fortes e as
mulheres como frágeis.
Os
homens acham que têm o direito de impor suas opiniões e vontades e
quando são contrariados partem para a agressão verbal, psicológica
ou física.
Algumas
pessoas acreditam que álcool, drogas ou ciúmes são os motivos das
agressões, mas esses são apenas fatores que podem desencadear a
violência mas a verdadeira causa é o comportamento violento do
agressor.
Você
já conhece a Lei Maria da Penha e já sabe o que é
uma agressão contra a mulher protegida pela lei.
Você já sabe
reconhecer que foi ou está sendo vítima de algum tipo de violência
contra a mulher, mas e agora, o que fazer?
Não é fácil acabar
com a violência em uma relação, mas dar o primeiro passo é muito
importante. Quanto antes você pedir ajuda menores serão as
consequências para você.
A denúncia pode ser feita
na Delegacia da Mulher (DEAM) mais perto de você ou
numa delegacia comum. Em casos de emergência você também pode
ligar para o 190 e pedir apoio policial.
Mas as vezes
temos receio de procurar a polícia, ou não temos certeza se
desejamos fazer a denúncia, mas nem por isso você deve se calar,
pense em você, pense na sua vida.
Se você tem dúvidas se deve
ou não denunciar procure orientação jurídica e psicológica em um
Centro de Atendimento à Mulher ou de assistência social. Lá você
poderá encontrar pessoas que a ajudarão a tomar a melhor decisão.
Para encontrar este tipo de serviço perto de você ligue para
o 180.
Que Deus tenha misericórdia de nós e do mundo
inteiro.
Eu espero e confio que algum dia que o mundo seja um
lugar melhor onde não tenha discriminação e onde as pessoas ajudam
uns aos outros.
Na bíblia temos os 10 mandamentos, seria muito
bom se seguíssemos pelo menos alguns deles:
- Ame a Deus
acima de todas as coisas;
- Ame ao próximo como a ti
mesmo.
Como seria o mundo se pelo menos estes mandamentos
fossem obedecidos. Imagine como seria se cada pessoa amasse seu
próximo como a si mesmo...
Que Deus dê sabedoria as autoridades
competentes para que a justiça seja feita...
Eu fico me
perguntando o que se passava no coração e na mente destes 33 homens
que participaram do estupro coletivo no Rio de Janeiro, não havia
ali nenhum homem que tivesse misericórdia para defende-la ou de
abster ?
Oh
Deus! Faça morada em nossos corações todos os dias!
http://www.univali.br/imprensa/eventos/direito-e-relacoes-internacionais/Paginas/evento904.aspx
http://violenciacontramulher.com.br/2015/11/24/fui-agredida-e-agora/
http://www.onumulheres.org.br/areas-tematicas/fim-da-violencia-contra-as-mulheres/
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/violenciamulher/
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/05/1775382-policia-apura-estupro-coletivo-no-pi-suspeitos-acham-normal-diz-delegado.shtml
HILDA'S
BORDADOS
BEIJOS
NO ♥
Olha eu aqui de novo (risos), só que agora pelo meu outro blog que revitalizei e agradeço seu aparecimento por lá.
ResponderExcluirEsse seu post é super importante, visto que é um direito que todas vocês mulheres tem e deve denunciar esses monstros que se fazem passar por homens, sei que é complicado para a mulher que sofreu qualquer tipo de violência (pelo trauma, vergonha, constrangimento), mas tem que ser forte ou pelo menos buscar a força que só vocês mulheres tem para colocar esses monstros na cadeia e deixar lá mofando até o fim dos seus dias, lástima não ter uma punição de morte para esses tipos
Gostei do post, esclarecedor e um alerta
Beijos
Rafael